sábado, abril 27, 2024

Cinco poemas de Nelita Monção Barbosa

 


ANIVERSÁRIO DA IGREJA

 

A igreja é a comunhão

Dos irmãos unidos

pelo amor de Cristo,

numa só fé,

num só Espírito

num só coração.

 

É a comunidade

que Cristo desejou

e deseja, hoje ainda,

que haja amor,

conhecimento da Palavra

e verdadeira unidade.

 

Assim é nossa Igreja,

Que, numa caminhada

De trabalho e esforço,

Vem de Deus alcançar

Bênçãos e graças

Quando esta data festeja.

 

A Deus, louvor e glória,

Por esta igreja amada.

Que ela continue firme,

Livre da corrupção, do pecado,

E que cante sempre,

Um hino de vitória.

 

Seja a meta constante:

O “Ide e pregai”

Desta Igreja tão amada;

cada membro, um atalaia,

um pregoeiro, um arauto,

um valente Gideão,

da Igreja militante.



A CAMINHO DE EMAUS

 

Dois discípulos pela estrada seguiam

Depois do rude sacrifício de Jesus,

E ambos, com tristeza, discorriam

Sobre a morte tão atroz como a da cruz.

 

Em conversa muito triste e comovida,

Seguiam, juntos, a caminho de Emaús;

Já não tinham a presença tão querida,

Nem ouviam a voz mansa de Jesus.

 

Que decepção! Não prometeu ressurgia,

Que sobre a morte seria vencedor?

Nisto ouviram alguém que lhes dizia:

“Que falais? Que semblante esse de dor”?

 

Um deles lhe respondeu admirado:

Peregrino será em Jerusalém?

Pois tantas coisas se tem passado,

Que não é segredo para ninguém.

 

E pensando que seria forasteiro

Quem assim tal pergunta lhes fazia,

Conta-lhe como fora morto no madeiro,

Jesus Cristo, seu Mestre e amado Guia.

 

Conta que fora condenado cruelmente

Pelos chefes, sacerdotes, principais;

E eles que esperavam ardentemente,

A salvação prometida aos ancestrais.

 

Mas vendo já passar o terceiro dia

Sem essa profecia ser cumprida,

Sentiam grande e triste nostalgia

E amargura cruel e mal sentida.

 

Aquele que era estranho até então,

Exclama em tom severo de censura:

“Ó néscios e de tardo coração,

Não sofreria o Cristo, porventura”?

 

Discorrendo sobre a antiga profecia,

Explicava aos discípulos, claramente,

O que a Escritura, de Jesus dizia,

Com toda a autoridade, sabiamente.

 

Ao chegarem à aldeia, os três, enfim,

Sentindo certo alívio e alegria,

Convidam-no a entrar, dizendo assim:

“Fica conosco, já declinou o dia”.

 

Sentam-se à mesa para a refeição

E aquele vulto, de modo familiar,

Abençoando e no partir do pão,

Mostra-se o Cristo eterno a lhes falar.

 

O Grande Amigo ali se achava!

Porém, desaparece num momento!

“Não nos ardia o coração quando falava”?

Exclamam eles, com geral contentamento.

 

A Jerusalém vão logo anunciar

Ao grupo que já se congregara,

Que Cristo lhes acaba de falar.

O Mestre vivo está! Ressuscitara!

 

Vitória sobre a morte já ganhou Jesus!

Por isso nos gloriamos na esperança.

É Ele que, seguros, nos conduz,

Ao porto de perene segurança.



A UM PREGADOR

 

De Jesus Cristo sois Pregador,

Dedicado e fiel à missão

De levar às almas, com ardor,

O plano real da salvação.

 

Como o Semeador saiu a semear,

Da Parábola do Redentor,

Continuai a semente a lançar

Na terra ao derredor.

 

Muitos que nas trevas estão,

A luz bendita irão receber

De vossa vida e pregação,

De Jesus, salvação obter.

 

Na fé que não se abate,

Como São Paulo possais dizer:

“Combati o bom combate,

A coroa espero receber”.



EDIFICADORAS CRISTÃS

 

No tempo de Cristo, mulheres piedosas

Serviam-no com seus bens e suas vidas;

Porque assim fizeram, saíram vitoriosas,

Vencendo batalhas duras e renhidas.

 

E, através dos tempos, vêm cumprindo

A missão gloriosa e sublime,

De servir, por isto auferindo

De Deus grande bênção que redime.

 

Edificadoras de Cristo na terra,

Relembremos as irmãs do passado,

E continuemos a missão que encerra

A vontade de Deus e seu cuidado.

 

Como Edificadoras do Lar

Sejamos mães zelosas, prudentes,

Procurando, em casa, implantar

Amor e virtudes inerentes.



QUE QUERES QUE EU FAÇA?

 

Que queres que eu faça, Senhor?

Pergunto a Deus, humildemente.

“Que em ti não haja temos,

Confia em mim, és uma crente”.

 

Que queres que eu faça, Senhor,

Neste mundo atribulado?

“Leve uma palavra de amor

Ao coração aflito e cansado”.

 

Que queres que eu faça, Senhor,

Neste mundo de degradação?

“Conte a história do Salvador,

Que redime a todos, sem distinção”.

 

Que queres que eu faça, Senhor?

Sinto a cruz pesada sobre mim.

“Confia sempre, pois meu amor

Não tem mudança, nem fim”.

 

Há tento que fazer

E queres te desanimar?

Quanta gente está a perecer,

Que de Cristo não ouviu falar!

 

Agora sei o que queres, Senhor.

Ampara-me, ajuda-me a lutar

Por Tua causa, com todo fervor,

Pois a Ti quero me dedicar.


Do livro Celebremos Nossas Datas - Poesias, Crônicas, Jograis e Peças (Ed. Luz para o Caminho).



sábado, abril 13, 2024

AMPLITUDE, Revista Cristã de Literatura e Artes, abre chamada para contos

 


AMPLITUDE – Revista Cristã de Literatura e Artes, é uma revista de cultura cristã evangélica, virtual e gratuita, com foco principal em ficção e poesia. Mas seu leitmotiv, seu motivo de ser e de existir, é celebrar a arte cristã em geral: Ela transita por música, cinema, fotografia, artes plásticas e quadrinhos. A revista publica também artigos, estudos literários, crônicas e resenhas.

A revista foi editada em 2015, 2016 a 2019, possuindo apenas três edições. Por motivos vários, a iniciativa havia sido descontinuada.

Mas temos agora uma boa notícia: Estamos retomando a publicação da revista. E, se você é autor evangélico (você pode preferir o termo protestante), e deseja submeter um ou mais contos para avaliação, sinta-se convidado.

Os contos podem versar sobre qualquer tema, DESDE QUE manifestem de alguma forma uma cosmovisão cristã em sua narrativa. O limite é de três laudas, em fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples.

O prazo para remessa é até 13/06/2024. A nova edição deve sair no início do segundo semestre deste ano da graça de 2024.

Envie seu material para o e-mail sreachers@gmail.com . No campo “assunto”, escreva “Conto para Amplitude”.

Para os autores, não há custo algum, seja para o envio de textos para avaliação, seja para a publicação na revista, que é virtual e gratuita.

Envie junto uma pequena nota biográfica, bem como explique sua filiação cristã/denominacional – a que igreja pertence ou pertenceu, tempo de filiação, se possui ou possuiu cargo, etc. Por favor, estas informações não serão tomadas para efeito de julgamentos morais de qualquer ordem, mas apenas para assegurar que a proposta PRINCIPAL da revista, que - embora publique textos cristãos de qualquer vertente - é dar voz e espaço a autores EVANGÉLICOS/PROTESTANTES, seja seguida. Assim, se você é de consciência um cristão evangélico, mas no momento não frequenta regularmente alguma igreja, isso não é um impeditivo para que seu material seja eventualmente publicado.

E, se você não a conhecia, aproveite para entender a revista e sua proposta, bem como para baixar as edições já publicadas: https://revistaamplitude.blogspot.com/

Ah, e se você escreve crônicas, resenhas de livros de ficção cristã - ou resenhas de ficção em geral, a partir de uma cosmovisão explicitamente cristã -, ou produz estudos sobre qualquer aspecto da arte cristã, entre em contato. Quem sabe não possamos aproveitar seu trabalho?

Sammis Reachers, editor


terça-feira, abril 02, 2024

Dois poemas de Carmen Sílvia Musa Lício (Carmen, a Musa)

 


A Vida...

 

Às vezes nos acontecem coisas

Que mais parecem sofrimento

E com o passar do tempo

Vemos que só foi mais um livramento.

 

Cansamos, choramos

Procurando explicações

Mas só com o passar do tempo

Percebemos que fomos libertos

De um relacionamento desastroso

Que nos tirou a paz, o amor,

A leveza da alma, o sentimento

 

Quando oramos a Deus e pedimos a Sua direção

Temos que nEle confiar e descansar.

O tempo dirá o que foi certo e no que erramos...

E assim poderemos virar a página

Nos dar uma nova chance, e quem sabe?

Acabar com o nosso sofrimento...

 

 

 

Minha Oração

 

Jesus, meu amado mestre

razão maior do meu viver

quero sempre Te oferecer

meu coração, todo meu ser

 

Quando perdida me encontrava

foi Teu amor que me resgatou

me dando Vida, uma canção nova,

Imensa alegria de viver

 

Que a minha vida possa ser

verdadeira canção de amor,

Então, assim, resplandecer

Não pelos meus méritos

mas pelos Teus

Pela Tua ação em meu viver

 

Jesus, meu amado Mestre

Meu coração transborda

de gratidão, Paz, amor a Ti

Muito obrigada pelo Seu amor

Muito obrigada pela Tua Salvação



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