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terça-feira, abril 02, 2013

Águas Vivas Volume 3 - Antologia de Poesia Evangélica - Um livro gratuito para você



O Projeto Águas Vivas teve início em 2009. Ele nasceu com a ideia de divulgar a boa produção de poetas evangélicos contemporâneos, do Brasil e de Portugal, estreitando os laços entre autores e leitores, através da democratização do conhecimento que o livro eletrônico e gratuito proporciona. E ainda incentivar a produção, a um tempo insuflando conteúdo e ampliando o espaço de publicação, tão escasso na seara literária evangélica, notadamente em sua vertente dedicada à ars poetica.

Uma das estratégias aqui adotadas é consorciar a participação de autores já de alguma maneira consagrados, ao lado de iniciantes que representam desde já boas promessas literárias. E mais que uma antologia de poesia evangélica, esta é uma antologia de poetas, pois, embora a poesia francamente cristã seja o carro chefe desta seleta, damos destaque também a textos de temática diversa, conforme a livre expressão dos autores.



E agora, dando voz e continuidade à doce fruição de águas vivas que é a poesia, reunimos a literatura de oito autores: os brasileiros Francisco Carlos Machado, George Gonsalves, Heloísa Zachello, John Lennon da Silva, Julia Lemos, Silvino Netto e Sol Andreazza, e o lusitano Manuel Adriano Rodrigues.

Que os versos de nossos irmãos, irmãos esses oriundos das mais diversas cores denominacionais do Protestantismo, e usuários de variados estilos de escrita, possam tocar as cordas do coração de cada leitor, entoando juntos a música (a um só tempo) devocional/sentimental/intelectual/estética, que, dentre todas as ditas Nove Artes, só a Poesia pode orquestrar.

Para leitura online ou download no site Google Drive, CLIQUE AQUI.
Para download pelo site 4Shared, CLIQUE AQUI.

*Caso tenha dificuldades em fazer o download, por favor, solicite-me o envio por e-mail: sreachers@gmail.com

**Você pode redistribuir (sempre gratuitamente) este e-book entre seus amigos e contatos, bem como reproduzir este post em seu site, blog ou outra mídia, sem necessidade de prévia autorização.


Sammis Reachers, organizador.


sexta-feira, janeiro 04, 2013

Três poemas de John Lennon da Silva


John Lennon da Silva

Lúcifer

Toda pedra preciosa em ti achavas
A sardônia, o topázio te cobriam, 
De ônix e de jaspe te vestiam –
No Éden, no jardim do Pai entravas.

No monte de Deus Santo tu estavas
De carbúnculo e pífaros te erguiam,
Tu eras querubim, e te bendiziam –
Nas pedras afogueadas tu andavas...

As obras dos tambores eram tuas,
E de obras formosuras, obras suas
Eras aferidor da eternidade...

Perfeito em teus caminhos foste feito
Pois foste feito d’ouro, do perfeito...
Até se achar em ti iniquidade!


Tentando sonetar

Quando me dei a fazer algum soneto
Com ritmo, metro e música cantada,
Cantei cantando rimas na encantada,
A rima mais formal dentre um quarteto.

Começando o segundo assim me meto
Rimar mais uma rima mal alçada
E assim metrificando outra maçada
De ter que repetir este quarteto!

Já que entro no terceto, solicito
Logo um décimo verso, e exercito
O décimo primeiro verso fino.

Bem, eis mais um soneto incompetente,
Não sei fazê-lo enfim tão envolvente,
Nem sei mesmo dizer quando termino...


A última redenção
"Oh! mas, Deus do amor! foi só fraqueza:
De ímpias mão me arrancai, tirai-me a vida,
Alcance-me o perdão mortal tristeza!"
(João de Deus)

Eis-me aqui, ó fúria, eis-me aqui.
Eis-me aqui, ó treva, tão maculado!
Este arbusto espinhoso que criei, vi
O quão longe estou do Imaculado.

Eis-me aqui, ó triste céu, eis-me aqui.
Eis-me aqui, ó meus olhos, tão tenebrosos!
Acolhe-te para baixo, podre réu, segui
Em volto de lástimas, lamentosos...

Oh Senhor, se a luz que há em mim
Abastecida está, de escuridão.
Tão fria, tão pesada, tão cega assim,
Dominado assim está meu coração...

Oh, que eu volte o quanto antes
As primícias frutuosas deste amor.
Eis aqui a minha dor, esquece dantes
Estas sombras, oh Senhor, oh Senhor...

(Lágrimas de redenção, escorrei tão lentamente, tão frias, pois nem a lua há de brilhá-las nesta noite...)

John Lennon da Silva é um verdadeiro fenômeno artístico. Fenômeno pois, além de ser tão jovem e já poetar tão bem, sendo um tão bom sonetista (coisa raríssima, e raríssima ainda mais entre jovens poetas) a ponto de chegar a brincar tão bem com a metapoesia, como no texto Tentando Sonetar, ele ainda é dançarino, praticante de danças urbanas/contemporâneas, e dos grandes. Veja este vídeo, com a singular participação de John Lennon no programa televisivo Se Ela Dança, Eu Danço, exibido pelo canal SBT: http://www.youtube.com/watch?v=MceKWv9V-Yw
Parabéns por tudo,John. Mantenha sua humildade e use seus dons como ferramentas na oficina do Pai, para conserto e resgate de almas!

Visite o blog do autor: http://yohananleo7.blogspot.com.br/

quarta-feira, junho 06, 2012

Dois poemas de John Lennon da Silva



Redenção

Não despreze meu arrependimento
          Ó meu Deus, pois o quão
Contrito está meu coração cujas lágrimas
                               Do meu âmago
Alcançaram o íntimo de meus desfalecimentos.

Não despreze, ó Senhor, este pranto tão profundo
          Como inferno, e tão alto
Como as nuvens quando despejam o orvalho de sua graça.
                                Não despreze meu Deus,
As dobras destes joelhos comprazentes e tão fracos.

Purificai a minha alma, pois está quebrantada.
          Eu venci o meu orgulho,
E me humilhei diante de ti, pois tua graça e teu perdão
                                Quero receber...
Ó Senhor, renova o meu espírito e apaga as minhas transgressões.

Escorrei, ó lágrimas minhas, e ide aos pés do Senhor!
          Despejai, ó coração meu,
Pois de contrição te derretestes. Rejubilai, ó lábios meus,
                                A entoar louvores ao Senhor.
Dobrai, ó joelhos meus, porque digno é o Cordeiro de Deus!

Acolhe-me e lava-me, e que eu venha a anunciar teu Reino.
        Restaura-me em tua Graça
E segundo a tua vontade purifica a minha alma;
                               Ó Deus que me salva
Da morte, não rejeites meu coração quebrantado...



Lamento

Pendurei a minha lira no braço das árvores, e chorando, não canto nem danço, pois lamento o fel amargo do meu coração triste, tão triste...
Embora em meus dias tenha eu pouco contentamento, e a flor da amendoeira perecer; embora o Espírito voluntário esteja comigo, tenho tombada a coroa da minha cabeça sobre a praça onde caíram os jovens da nossa geração.
O quão solitário andamos, pelas calçadas das ruas com essa angústia que nos faz render-se à aflição. Afastou-se a paz da nossa alma, pois sabemos o quanto se escureceu a nossa canção, cujas solenes notas se converteram em lamentações e cansaços. 
Sinto saudades do Senhor... Sinto saudades do Senhor...

Visite o blog do autor: http://yohananleo7.blogspot.com.br/
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