domingo, março 30, 2008

Dois poemas do Pr. Luiz Flor dos Santos


Eu e a Noite

Venci!
Venci o dia!
Grita a noite.
Calma noite
Amanhã será o meu dia.
A Voz da Noite me entedia!

Deus fez a noite
Nela descansou.
Deus fez o dia
Foi de dia que ele criou.
Amo os dias que Deus criou!

Ainda amo a noite
Ela sempre me trás bons dias.
Dias dos pais
Dia das mães
Dia do meu casamento
Dia do nascimento
Dia do descanso...
Tudo o que tenho de bom veio-me num dia!

O mestre disse:
É necessário fazer a obra de Deus
Enquanto é dia;
A noite vem quando ninguém pode trabalhar.
Desejo a todos, Bom dia!

Disse Davi
Do profundo de sua esperança, disse:
Ao anoitecer pode vir o choro,
Mas a alegria vem pela manhã.
Desejo a todos, Bom dia!



Genealogia – Parte Um

o Gênesis

No princípio
Terra e abismo
Só o Eterno se movia.

A Voz
Transformando
O vazio ornando
O sexto dia preparando.

A Mão
Poderosa, Precisa, Carinhosa
Remexe o chão
Fazendo Ser
Adão.

Adão às voltas
Pensamento no mundo...
Olhar profundo __ O que me falta?
Um igual.

Eva foi o nome
Adão o deu
Brados de alegria
Louvor
Ao Ser que o preencheu
O Criador.

A bênção nupcial:
Crescei, multiplicai-vos;
Enchei a terra e sujeitai-a;
Decretou O Juiz Eternal.

Dominai sobre os peixes do mar,
Sobre as aves do céu,
Sobre tudo o que rasteja
A Adão e à sua consorte
Foi o dote.

Com bênção muitos vieram
Abel, o primeiro
Homem Augusto
Pela fé alcançou testemunho
Do ser justo.

Muitos abdicaram
A bênção desprezaram.
Escolheram seus próprios destinos
Desatino!

Melhor tino teve Sete
Não caiu em desatinos
Ao nascer-lhe o filho amado
A Deus se tornou mais dedicado.

Homem nobre foi Enoque
Andou com Deus em todos os seus dias
Seu dote:
Ir para junto de Deus
Sem passar pelos portais da morte.

Noé, homem de Fé
Justo, Íntegro entre os seus
Testemunho este que recebeu
Do próprio Javé.

Pregoeiro da justiça
Por ordem de Deus
Construiu a Arca
Para quem quisesse se salvar.
Cento e vinte anos pregou
Apenas sua família na Arca entrou
Quem a mensagem de Noé desprezou
A justiça do dilúvio o levou.

Numa visão, acho
Deus chamou Abraão
Sair de junto de sua parentela
Era o trato.
Proteção Deus o prometeu,
Um filho, uma terra, longevidade.
Os planos eram gigantes
Abraão não mais seria o mesmo de antes
Ser grande nação era a novidade
De um velho e amortecido ventre
Casa da esterilidade.

Isaque foi o botão de flor
Da grande nação
Cujo papel era espalhar
Boas Novas de salvação
A todos abençoar.

Jacó continuação do projeto
Se fazia esperto a seu próprio modo
Sujeito enganador duras penas pagou.
Na escola de Deus foi fiel
O nome se lhe mudou para Israel
Príncipe do Senhor.

Deste abençoado brotou
Doze patriarcas e uma flor, Diná.
Não fosse Deus com eles se importar
Tudo se teria perdido.
No coração do velho pai Jacó
Deram um nó de amargura
Tiram-lhe o gosto da vida
Fizeram uma ferida dura de cicatrizar.
Venderam José para o Egito
Deram-no como morto
dilacerado pela feras
Jacó acreditou que seu filho não mais era.

José, em casa dado como perdido
No Egito
Ia crescendo, crescendo, crescendo
De tudo entendendo
Era Deus o coração preparando
Para vir a ser o guardião
Das pessoas que se tornariam
Grande nação.

Em tudo isso
Está Deus a seu amor demonstrar
Quando com estes
Uma grande nação quis formar
O propósito era a todos abençoar.

Aqueles que com fé neste se juntar
Povo de Deus poderá se tornar.
A porta para toda essa bênção
É a Jesus Cristo aceitar
E Senhor da própria vida
O tornar.

Visite a página do autor: www.pulpito.blog.terra.com.br

quarta-feira, março 26, 2008

Três poemas de Débora Camargo


percepção

Quando é essa alegria que me invade
eu O reconheço no som das folhas
frágeis apenas por sua permissão

E o vento varre o chão,
levanta o cheiro de relva
e reacende essa brasa
que se amoitou ao cair daquela lua.

Outros raios dourados flanam
e meus olhos procuram sentir o calor
Estou certo que neste dia que desponta
terei nova canção pronta em meu peito,
fruto de Seu sublime amor.

Pois ao percebê-lO na criação
outro fôlego se dispõe
Me faz provar mais uma vez
que tudo se faz por meio de Ti


Pedido

Senhor, há vontade de servir-te correto.
Almejo a missão perfeita, que,
penso estar fora dos portões da tua casa.

É bom congregar com teu povo,
É calor, crescimento,
Sustento, renovo.

Mas, passam pelos nossos vidros,
Chorosos, feições oprimidas,
Sedentos de consolo, pobres de espírito,
Almas cansadas, vidas cativas.

Ó Pai, há tantos perdidos, que precisados estão
do teu amor virtuoso, não-político, fiel e
inaugurador de outrora incaptável perdão.

Senhor, queria eu que minha canção
Agora aflita e suplicante
Fosse rio que jorra e inunda,
Vida que pulsa e transborda,
Não-inerte, intensa, abundante.

Faz-me um servo testemunhador,
Rico em esperança e
Derivado de graça, sublime amor,
Resultado do teu querer,
Teus feitos, digno, faz-me, Senhor, viver.


Sossega

No meio da vida, voando, vazia
Anseios, turbulência, medo, aflição.
Pensamentos, sonhos, tormentos,
Pedaços de história aparentam não ter fim.

E a vida?
Que é a vida?
Tão ligeira, volátil efêmera?

Matéria que respira.
Alma que geme.
Gente que passa.
Gente que morre.
A morte assombra.

E esse medo?
Alado como vento
Chega, para e se instala.
Suor frio escorre.
O corpo treme.
Os olhos fecham.

Ansiedade.
Tão sórdida
Quanto o manto da noite
Que esconde, aflige e desespera.
Espera.

Coração amassado
Busca caótica.
Tudo tão humano!

Se Deus veste os lírios do campo,
Alimenta as aves,
Enche os mares,
Molha a relva.
Sossega coração atribulado!
Entrega.
Espera.

Visite a página da autora: debipoesiaseafins.blogspot.com

sexta-feira, março 21, 2008

Um poema-protesto de Wilson Tonioli


Igreja vã gélica

Sua liturgia não urge mais.
Seus p-atores iludem a platéia
e hino-portuna é sua música.
Seu sermão deixou de ser mão.
Sua mensagem é vã gelho
e em suas orações
o sujeito vai à frente do Verbo.
Em seus cálculos
o dízimo múltiplo comum
determina o x do cristão.
Confundistes:
“Amar o próximo como a si mesmo...”
com “amar a si mesmo, comer o próximo.”
Sua palavra já não lavra nada.
Seus jejuns alimentam egos
e seu criador cria dor...
Sua pregação não proclama o Reino;
sua pregação reclama o rei na barriga...
Já não te crêem crente.

www.verticontes.blogspot.com

Uma breve oração de John Henry Newman

Oração

Conduze-me,
Generosa Luz, em meio à obscuridade que me rodeia.
Conduze-me a Ti!
A noite é toda trevas e estou muito distante de casa.
Conduze-me a Ti!
Guarda meus pés;
Não peço para ver
A cena distante -um passo é o bastante para mim.

in "The Pillar of the Cloud"

Um trecho do poeta inglês GERARD MANLEY HOPKINS


... Pois Cristo atua em mil lugares,
Belo em membros, belo em olhos que
não são seus
Para o Pai, nos traços do rosto de homens
dissimilares.

Um poema de Laerço dos Santos



CRIAÇÃO: VERSOS REDENÇÃO!

Disse assim o ser supremo: haja luz!
Logo resplandeceu, nas trevas que existia
Usando a palavra com supremacia
O grande criador, criou tudo em flux.

O céu, terra e mar, na sua extensão
Verdes matas, florestas e todos animais
Rios, riachos, lagos, flores ornamentais
Cachoeira...e ao mar deu-lhe limitação.

Fez Deus os luminares: estrelas, lua, sol
Umas para clarear a noite e outra o dia.
Fazendo tudo estável, em perfeita harmonia,
E no entardecer, o lindo arrebol!

Ao solo, o Senhor deu-lhe todo vigor;
Enviando a chuva p'ra lhe umedecer.
Dando ao homem a semente p'ra na terra nascer,
Para o sustento seu, deu Deus, seu provedor

Quatro estações do ano dando sustentação,
De inverno a verão, outono a primavera,
A mão do criador a criação lidera,
Preservando a tudo plena conservação.

Tudo aqui Deus criou mui belo, colossal.
Para um ser que formou com suas próprias mãos,
Um varão, pondo nele o nome: de Adão,
Dando-lhes coisas boas no jardim terreal!

Deu domínio da terra o Senhor ao varão.
Caindo este depois em desobediência,
Deus a Cristo enviou, por amor e clemência
O segundo Adão: seu filho...à redenção

Visite a página do autor: www.oagape.blogspot.com

O irmão Laerço postou, nos comentários, diversos e belos poemas. Pelo que publicamos um deles aqui, para facilitar a leitura de todos. Obrigado, irmão Laerço! E se você, leitor, também escreve poesia evangélica, não espere eu te encontrar: envie seus poemas para cá! Meu e-mail: sreachers@gmail.com

domingo, março 16, 2008

Dois poemas de Henrique Matos



Meu Deus, eu sou Teu

Por onde anda o meu Senhor?
Busco, procuro, me sinto um tanto só.
Onde está o Rei dos reis?
Em meu coração quero senti-lo.

Não foi tu quem se ausentou,
Eu sei, fui eu que abandonei minha morada,
Tua morada.
Meu coração é o teu reino, ó Deus!

E mesmo só em meus sentimentos
Sei que teus pés estão sobre a terra,
Teus olhos sondam o meu interior
E tua presença me invade com poder.

Então eu clamo: voe livre Espírito Santo!
E encha minha vida com tua santidade.
Então eu chamo: venha Espírito de Deus!
E conduza os passos desse teu servo.

Minha vida está em tuas mãos,
Como águia subo em tua direção
E contigo sempre estarei, eternamente.
Amém!


Simplesmente crer

Meu Deus, dá-me um pequeno grão, para que eu o tenha na palma da mão e vendo, compreenda então, que é necessário tão pouco.

Estou tão próximo, mas também tão longe e assim aguardo Tua resposta para poder alcançar esse chamado, olhando para o pó de minha essência.

Mestre, realizarei Tuas obras, verei Teus milagres, conquistarei a vitória e serei novo homem, não mais escravo da dor, mas cheio do Teu amor e verdade.

Terei a certeza dos que nada sabem, verei mais longe do que meus olhos alcançam, caminharei confiante em meio à escuridão sombria.

Meu Pai, dá-me, eu Te peço, para que mesmo sem nada ter, ainda assim eu consiga crer, simplesmente crer.

E vencerei este mundo, derrotarei suas aflições e conhecerei Tua grandeza, quando enfim compreender a infinitude de Ti que há... neste pequeno grão de mostarda.

“Se vocês tivessem fé, mesmo que fosse do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a este monte: ‘Saia daqui e vá para lá’, e ele iria. E vocês teriam poder para fazer qualquer coisa!” (Mateus 17:20 NTLH).



www.missaovirtual.wordpress.com

terça-feira, março 11, 2008

Dois poemas de J. T. Parreira


Do Paraíso para nenhuma direcção

Do Paraíso para nenhuma direcção
sem casa
traziam nos olhos
as árvores do Éden
Uma saudade do disco lunar
que é a seda da noite
e a derme marítima
que fica de olhar o mar
e o coração húmido das lágrimas
e uma tristeza aquosa
ao fundo dos olhos na água
das origens, ancestral.


Porta Larga

Chamam-nos, e vão

Há risos atraindo a entrada

depois o silêncio começa

a pesar nos lábios

Há biliões que empurram biliões

de olhos para caberem

biliões de olhos que não têm saída

Chamam-nos, e vão

buscando na dúvida uma luz

por baixo das sombras da estrada.


www.papeisnagaveta.blogspot.com

quarta-feira, março 05, 2008

UM PRESENTE PARA VOCÊS


Amados leitores, é com felicidade que apresentamos aqui um verdadeiro presente para vocês: A antologia SABEDORIA: Breve Manual do Usuário. O e-book é uma seleção temática de versículos bíblicos, frases e pensamentos antológicos, além de trechos de poemas e provérbios de diversas culturas.
Organizada por Sammis Reachers , o e-book possui 257 páginas, e está em formato PDF.

Leia abaixo um trecho da apresentação do e-book:


“Nesta obra estão coligidas citações diversas, na forma de frases e pensamentos (de escritores, filósofos, pensadores, teólogos, personagens históricas); e ainda provérbios de diversas culturas, além de pequenos trechos de poemas. Foram agrupados por tema - Amor, Alegria, Saudade, etc., sendo a grande maioria deles iniciados por uma citação bíblica correspondente.
Embora concebida no intuito de enriquecer a Biblioteca Evangélica de e-books (ficando assim explicitados os princípios que nortearam a seleção das citações), sendo a referida biblioteca parte de um esforço coletivo para disponibilizar bons livros gratuitamente na internet, esta obra, pelo seu caráter francamente universal, é proveitosa a todo tipo de leitor, até mesmo ao cético ou ateu. Creio ser este um humilde mas seguro ancoradouro para qualquer um em busca da verdadeira sabedoria (para e sobre a vida), e para aqueles que querem enriquecer sua cultura. Tal obra é de grande préstimo, ainda, para todos que necessitam de uma citação para abrilhantar seja um discurso, sermão ou pregação, seja uma obra de arte ou textos de qualquer espécie, desde uma reportagem a um trabalho escolar.”

PARA BAIXAR O E-BOOK, Clique Aqui.

Leia, divulgue, compartilhe. E comente.

Nosso sincero desejo é que esta obra seja útil à tua vida e ministério.

Dois poemas de Myrtes Matias


Enquanto o Rio Correr

"Enquanto o rio correr e o sol no céu brilhar;
enquanto eu vida tiver, quero de Jesus falar.

Proibir que eu anuncie a mensagem do Senhor,
é como dizer à roseira: nunca mais dê uma flor.

Só cortada pela base, lá bem perto da raiz,
posso deixar de falar de Quem salva e faz feliz.

Mandar que eu fique calada a respeito de Jesus,
é como dizer à estrela que apague a sua luz.

No sucesso, no fracasso; na alegria ou na dor;
na riqueza ou na miséria, quero louvar ao Senhor.

Para que ficar temendo, por um futuro ruim ?
O que "vê além das curvas" é meu Pai, cuida de mim."


Consagração

Toma o meu consciente,
Toma o meu inconsciente,
O meu corpo, minha mente:
Toma a mim, Senhor!
Toca-me a mão, o meu coração,
Para em cada ação,
Mostrar teu amor.
Toma o meu talento,
Multiplica-o em cento:
Dá-me um novo alento
Se desanimar.
Toma minha alegria, a minha tristeza,
Mostra-me a beleza de em ti descansar.
Toma-me a ansiedade,
Toma a autopiedade,
Mostra-me a sublimidade de levar a cruz.
Toma o meu tempo,
Sê o meu exemplo,
Seja eu teu templo - neste mundo, luz!
Toma o meu filho,
Mostra-lhe teu brilho,
Pra seguir o trilho que conduz a ti.
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