O poeta e ensaísta mexicano Octavio Paz dizia que o homem é
tempo, perpétuo movimento. Tal assertiva ocorreu-me ao avançar pelas linhas do
livro A Trajetória do Indivíduo, de
Fábio Ribas. Um livro onde o dito e o não dito interpenetram-se, trabalham
juntos pela construção do Sentido, ou para que o leitor colha o sentido que,
num jogo de chiaroscuro (para usar um termo das artes plásticas) goteja das
metáforas e parábolas. E o mi(ni)stério da parábola aqui aflora como a relva
dos campos, sobeja e farta; a psico-saga do autor em busca do Sentido é narrada
através de madura poesia e prosa poética larga e prenhe de conotações, em voz
cujo timbre lembra o Zaratustra nietzschiano, ou o André Gide de Frutos da Terra; mas, enquanto tais
autores empreenderam o afastamento de Deus, equivocando-se em direção ao
abismo, Ribas avança em caminho inverso, em busca de Redenção, escalando através
de brumas e intempéries o cume da transcendência.
Em sua jornada o
autor vale-se do método socrático, dialógico, abraçando/confrontando
interlocutores, que são como estágios de sua peregrinação. A linguagem
velada/parabólica dá o tom de suas elucubrações, são os enigmas/signos de sua
batalha mental e espiritual. E é gratificante acompanhá-lo em seu avanço, sua
ascensão do vale do ateísmo ao monte da transfiguração, à sarça onde o Único
Deus se revela aos olhos da finitude humana.
Um livro assaz
singular dentro de nossa literatura poética cristã, que surge para enriquecer o
bastião de nossas letras.
Sammis Reachers
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