sábado, setembro 06, 2008
Dois poemas de Heldai Lemos Ferreira
QUERO SER...
Quero ser um vaso de barro, Senhor.
Carregando o líquido precioso, a Tua mensagem.
Falando do Teu perdão, da Tua paz, do Teu favor.
E da Tua vida, que do amor é a linguagem.
Não quero ser feito de material precioso
Não quero que me dêem valor.
Somente quero ser um meio através do qual
Tu, amado Deus, demonstre Seu amor.
Quero ser um vaso de barro, Senhor.
Para que possa ser mais facilmente quebrado.
E logo depois ser reconstruído,
Dentro do padrão do Oleiro amado.
E a cada dia da minha vida
Mais e mais a ti me “agarro”
Pois não almejo outra coisa, senão
Ser um humilde vaso de barro.
De madrugada
Era madrugada...
As luzes de casa apagadas, a lua encoberta pelas nuvens...
Porém o escuro não era absoluto, pois era possível identificar todos os objetos da sala. Caminhei até a janela e olhei a cidade com suas luzes acesas, luzes de várias cores, formando vários desenhos.
Eu contemplava aquela bela vista com todas as luzes da casa apagadas, afinal, a luz dos outros era suficiente.
Foi quando Deus me mandou escrever e precisei acender a luz da sala e, mesmo sem perceber, passei a fazer parte daquele espetáculo de luzes. Deixei de ser apenas um espectador, passei a ser um participante...
É muito bonito e gratificante ver as luzes dos outros brilhando. Fiquei por muito tempo observando a beleza do brilho de pastores, músicos e amigos. Contemplava com admiração (como ainda hoje contemplo), mas Deus me tocou e mostrou a necessidade de acender a minha luz, de ir ao trabalho, de usar os meus dons. Eu creio que se todos fizermos a mesma coisa, o Senhor verá uma cidade cada vez mais bonita e nós como luz do mundo levaremos a salvação a muitos corações necessitados, aflitos, ansiosos de conhecer o Caminho a Verdade e a Vida que levam ao Pai.
E minha oração a cada dia é que, por mais forte que sejam as luzes, ao nascer do sol elas passem desapercebidas, para que ninguém se glorie.
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